Por vezes quando estou sozinha em casa perco-me.
Perco-me nos meus pensamentos, ligo a televisão como pretexto, ou abro uma revista, apenas para não pensar em nada, para desfrutar da falta de barulho, para apreciar o nada fazer.
Depois começam a doer-me as costas e os braços e as pernas e os ombros e a consciência por estar a desperdiçar o tempo sem nada fazer e levanto-me e pego num livro, ou vejo a televisão com mais atenção, preparo o lanche ou o jantar, venho até aqui, ler, escrever.
E as horas passam, perco-me comigo, e as sandálias continuam ali no armário, em primeira linha e as botas bem arrumadas na última prateleira, longe das mãos que escolhem os sapatos a correr nas manhãs frias.
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