quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

actualizem os links

As teimas agora tiram-se aqui.
Até já.

trabalho

Nos dias em que deixo que o trabalho me absorva, domina-me o mau génio, não falo, respondo mal, não ouço, não quero ouvir ou saber. Mas depois, quando acabam, chega uma sensação de alívio, quase que me sinto dona de mim outra vez.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

a procura

Saí de casa com a fixação de que queria encontrar aqueles livros, ou um deles, como se disso dependesse a minha vida, a minha sanidade mental. Mas, demonstrou-se que o dia não era o certo, que os astros não estavam a favor para que os encontrasse.

E o dia passou, sem que o céu me caísse na cabeça, com companhia, risos e carinhos.

Hoje, mais uma vez, fui procurá-los e encontrei-os, trouxe-os comigo para me fazerem companhia por estes dias.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

queria emigrar para a Austrália

Quando mais longe fores nas tuas viagens, mais perto estarás de ti mesmo.
Grande Livro das Verdades Feitas de Luz

(roubado daqui)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

o sonho de cassandra

Numa só palavra: boring.

a vida de todos os dias

Os dias escorrem suaves, apesar de longos, intermináveis e das noites pequenas.
Escorrem-me por entre os dias os desejos, as vontades, os planos e as decisões, cada dia mais pequenos, como as noites.
Escorro-me por entre os outros, invisível, permeável, fundindo-me, camuflando-me em pessoas e ambientes.
Até que, finalmente, chego a casa e me vejo.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

espelho

À força de tanto querer mudar, ser diferente, dou por mim cada dia mais igual.
Mais igual ao que mais quero mudar.

(mais uma) noite mal dormida

Na segunda-feira perguntavam-me se dormia bem. De imediato, respondi que sim, que o meu problema era mais acordar do que propriamente dormir.
O certo é que, desde aí, qual feitiço, as noites têm sido atribuladas, inquietas, povoadas de imagens e pessoas de quem já não me lembro quando é hora de levantar.

não

Tenho uma voz interior que fala comigo de mim.
Dizem-me para a escutar e emudeço.
O que eu mais queria era não ouvi-la, amordaçá-la, tirar-lhe o volume.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

atenções divididas

A maria não gosta que eu escreva no computador, ou então gosta demais. Olha-me de longe, olhos muito brilhantes, espeta as orelhas ao som das teclas e prepara-se para atacar os dedos que se movem no teclado, fazendo emboscadas por detrás do monitor.
Salta, agarra-me o braço, reclama a atenção, não satisfeita por me partilhar com linguagens que não entende.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

maria

É assim que se chama a minha gatinha de três mesinhos, que as minhas colegas do escritório me ofereceram hoje de surpresa...
E é linda, linda, linda... anda por aí a descobrir os cantos da casa e eu aqui, a olhá-la embevecida...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

quem conta um conto...

Gostava de saber de cor um poema, uma citação, uma canção, um trecho de um romance para to dizer de memória, mas nunca sei, baralho-me nos pormenores, nas personagens, troco os meios pelo princípio, erro a ordem e desisto.
Ou então, fico a pensar para mim se daquela confusão não poderia nascer uma nova história, se afinal as trocas que fiz não me pareceram mais lógicas.
Mas, depois, também me esqueço.

medo

Não deixo que me peguem ao colo, tenho medo. Medo de cair, de ser demasiado pesada ou os braços que me pegam demasiado fracos.
Medo de me deixar pegar, de me entregar, enfim, de confiar.

transparente

Basta um olhar de quem mal me conhece para me adivinhar o espírito, o humor.
Sinto-me transparente assim, sem controlo sobre mim.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

trabalhar (só) com mulheres

Oh raça!
Tirem-me daqui... Pode ser já????

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

bom dia

Se todos os dias e todas as horas fossem assim tão simples, tão soltas
Se todas as noites fossem assim sem sonhos
Se todos os adormeceres fossem assim tão suaves
E todos os acordares assim tão acarinhados
Se todos os toques fossem tão fortes, tão sedentos de pele
Se todos os beijos fossem sôfregos de reencontro
Se toda eu fosse eu, sempre


segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

pessoas imaginadas

O jardim estava bem tratado, as sebes altas faziam lembrar labirintos verdes, aprumados. Ao fundo o roseiral.

A mulher, de costas, cabelos negros apanhados num puxo junto ao pescoço, olhava o roseiral, ao fundo, com um charuto nas mãos.

Não lhe vi o rosto ou a expressão, mas dela saía paz, confiança, olhava as rosas com segurança, como quem sabe da vida as certezas como as cores das flores de cada pé.

sonhos

Esta noite sonhei sonhos agitados. Sonhos com pessoas verdadeiras, com passados mais passados e passados mais presentes.

Esta noite sonhei sonhos com futuros, com conhecidos misturados com desconhecidos, com cenários construídos a partir de acções presentes ou passadas.

Esta noite sonhei sonhos vivos, daqueles que até parecem sonhos acordados.

Esta noite sonhei pesadelos.

domingo, 6 de janeiro de 2008

the sound of music

Raindrops on roses and whiskers on kittens,
bright copper kettles and warm woolen mittens,
brown paper packages tied up with strings,
these are a few of my favorite things.

Cream colored ponies and crisp apple strudels,
door bells and sleigh bells and schnitzel with noodles.
Wild geese that fly with the moon on their wings.
these are a few of my favorite things.

Girls in white dresses with blue satin sashes,
snowflakes that stay on my nose and eyelashes,
silver white winters that melt into springs,
these are a few of my favorite things.

When the dog bites, when the bee stings,
when I'm feeling sad,
I simply remember my favorite things,
and then I don't feel so bad.

Adorei, adorei, adorei, emocionei-me, ri, cantarolei em inglês por cima do português, aplaudi.
Um domingo em cheio.


beware

Diz que é a partir de amanhã...

o assassínio de Jesse James pelo cobarde Robert Ford


Não esperava um filme sobre um cowboy nostálgico, desequilibrado e um tanto endoidecido.
Não esperava um filme introspectivo, sobre as relações entre homens, companheiros aventureiros.
Não esperava uma história sobre a idolatrização, a aspiração, a decepção e a revolta (ou vingança).
Não esperava uma fotografia bonita, a lembrar outros filmes de outros tempos, com outros cowboys e mais tiros.


Esperava, sim, aqueles olhos azuis, aquelas mãos, aquela figura, aquele sorriso.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

3º andar

Acordei antes do despertador com vozes que me entravam no quarto pelas paredes, pelos canos, pelas vibrações do prédio, sei lá por onde. Vozes de conversas, de risos, de uma família que se preparava para mais um dia. E eu, ainda adormecida na noite do meu dia anterior, que já passou, às voltas com imagens e vozes e sonhos confundidos com os sons que vinham do andar de baixo.

Nunca me hei-de habituar a esta convivência em casas vizinhas de outras casas, por cima, por baixo, aos lados, caixas de fósforos bem empilhadas, num equilíbrio permanente sem que se toquem o suficiente para causar faísca, chama, fogo.

pensamento positivo


Afinal, qual é o pior que pode acontecer?

(imagem roubada daqui)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

o estado do tempo

Parece-me inconstante este início de ano, chove a medo, faz sol, chove a cântaros, venta, graniza, como se não se conseguisse decidir ou então nos quisesse apenas lembrar que é soberano de nos trazer inconstância, mudança inesperada, vários dias dentro do próprio dia até.

Gosto do que me inspira este novo ano.

dormirrrrr

Ouvir a chuva lá fora, o som de um trovão ao longe fez-me desejar não ter que sair da cama, ficar no meio dos lençóis a inventar sonhos.

(sim, sim, muito dorminhoca me confesso)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

a dúvida que ficou do ano passado

Alguém sabe como se montam dobradiças?
(ou como tudo o resto que compramos era tão simples...)

no meu rádio hoje tocava

It will be in your honor 'til you're not needed any longer, don't let them take the fight outta you
Don't believe the headlines, check it for yourself sometimes, don't let them take the fight outta you
The lies you live become you, the love you lose it numbs you, don't let them take the fight outta you
They say that you've arrived but that's just a high-class bribe, don't let them take the fight outta you

Fight outta you, Ben Harper

2008

E à meia-noite, lá pedi os desejos, passa após passa, ao som da contagem decrescente e dos brindes na tv.
Juro que um ano destes ainda os aponto, para conferir no final do ano seguinte.
Dei por mim a repetir muitos dos desejos que estou certa de já ter pedido no ano passado, e no ano antes desse (pelo menos).