quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

33

Foi ontem o primeiro dos 366 dias que se seguem.
Com direito a champanhe, bolo, velas sopradas, desejo pedido e a bela da trinca no final.

domingo, 23 de dezembro de 2007

natal


Have yourself a merry little christmas
Make the Yule-tide gay
From now on
Our troubles will be miles away

Have yourself a merry little christmas

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

mulher homem mulher homem

"- Eu amo-te.
- Também.
- Mesmo?
- Mesmo.
- Amas-me como eu sou?
- Sim.
- Quanto?
- Muito.
- Não estás a mentir?
- Não.
- Mentira, o amor não se quantifica.
- Foda-se, eu sabia esta."

(C) Tiago Galvão

prendas

Para uma troca de prendas estava certa, porém, que esta seria a prenda ideal.

pró Natal o meu presente eu quero que seja...


Acho que este é o primeiro Natal em que não me consigo decidir o que mais quero como prenda (para além da que pedi e escolhi com os meus pais).
Espero surpresas, que de certeza serão maravilhosas.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

noite mal dormida


Esta noite visitou-me o vento, acordou-me com fortes sopros lá fora, que se ouviam dentro das janelas duplas, no meio do meu sono. Acordou-me e não me deixou adormecer por uns tempos e, quando estava quase, como se não quisesse ainda deixar-me dormir, entrou por uma ventilação, porta, janela ou lareira e acendeu-me a luz do corredor. Fez-me levantar, procurá-lo, mas, amuado, já se tinha ido embora, para o lado de fora da janela do meu quarto, para lhe soprar ainda mais ruidosamente.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

eastern promises

Gostei das tatuagens com significado, dos bons que se confundem com os maus, dele e dela, do chefe da família e do seu olhar carinhoso, e das meninas que aprendiam a tocar violino. Lembraram-me que nunca ouvi o meu avô tocá-lo apesar de sempre me terem dito que quando era novo tocava em festas e bailes.

tomar conta de mim

De tanto ter lutado por ser auto-suficiente, agora debato-me entre rejeição e necessidade de colo e cuidados.

mesa de reuniões

Há pessoas que nos habituamos a ver na televisão, são figuras públicas e, como tal, a probabilidade de nos cruzarmos com elas no supermercado ou num qualquer centro comercial a mim parece-me sempre baixíssima. No entanto, acontece, e esses vislumbres acontecem aqui e ali, ficamos na dúvida por vezes, confirmamos, comentamos, e continuamos com a nossa vida.
A outros habituei-me a conhecer-lhes os nomes também dos jornais e de papelada e conversas de trabalho, a associar a pouco e pouco nomes com rostos e vice-versa.

Hoje apercebi-me de que quando se sentam à mesma mesa que nós, têm a mesma pose que têm tantos outros que connosco se sentam noutras ocasiões, identificam-se nas palavras e na colocação da voz outras comunicações públicas e aparições mediáticas e, notam-se, sem desagravo, as imperfeições, os sinais dos vícios e da idade que, em público são assessorados para fazer desaparecer.

frio

A esta hora da manhã, com o aquecimento ligado, ainda não consegui tirar o casaco.
O frio gela-me as mãos, os pés, por dentro e por fora.
Ainda se nevasse...

falta cor

aos símbolos que lembram o Natal à minha sala.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

quanto tempo falta?

Falta muito para o fim de semana?
Como estará o tempo?
Estará tempo para manta no sofá, com chá e scones?
Para livros e revistas, músicas e letras? Ou para tv, muita tv, indiferenciada, indiscriminada, desinteressada?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

clã

Ontem à noite encheu-se-me a alma de música boa, de palavras que falam ao coração, de canções escritas para mim. Sala esgotadíssima, aplausos sem fim, músicas novas e mais antigas, sopradas ao coração.


Uma canção passou no rádio

E quando o seu sentido
Se parecia apagar
Nos ponteiros do relógio
Encontrou num sexto andar
Alguém que julgou
Que era para si
Em particular
Que a canção estava a falar

E quando a canção morreu
Na frágil onda do ar
Ninguém soube o que ela deu
O que ninguém
estava lá para dar

Um sopro um calafrio
Raio de sol num refrão
Um nexo enchendo o vazio
Tudo isso veio
Numa simples canção

Uma canção passou no rádio
Habitou um sexto andar

Sexto Andar, Clã

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

bocejo

Morro de sono por aqui. Sinto-me como se me tivessem acordado agora mesmo e, ainda estremunhada, me tivessem plantado aqui à secretária.
Com este silêncio, com a falta de vontade, o sono vai-me conquistando, pestana a pestana e arrisco-me a que, se alguém entrar de repente, me encontre de olhos fechados.

domingo, 9 de dezembro de 2007

dos muitos sonhos de que não me lembro

Esta noite sonhei sonhos estranhos com pessoas que normalmente não os habitariam.
Ao acordar estavam-me tão presentes que nunca pensei que os esquecesse tão rapidamente.
Estava tão certa que seriam reveladores....

filmes de domingo

(My best friend's wedding)

Bastaram os minutos finais para perceber as mulheres, a sua reacção perante o amor e a rejeição, para baralhar amor e amizade e para não saber se sabem perder ou mesmo quando parar.
Apesar de muito querer estar de amarelo um dia, no fundo sei que usarei sempre o lavanda.

decoração

Depois de preparar a árvore, presépio e tudo a que temos direito em casa dos meus pais falta-me a vontade para fazer o mesmo na minha. Apetecia-me fechar os olhos e imaginar que a pequena caixa vermelha que dorme na prateleira de cima do corredor desde o ano passado se abre e espalha pela casa os pequenos objectos que me lembram também aqui que é Natal. E a árvore, essa poderia vir junto com a caixa vermelha e plantar-se na beira da lareira, onde ela bem sabe que pertence.

forte, depressivo, deprimido, romântico, desesperado

Why is the bedroom so cold?
You've turned away on your side.
Is my timing that flawed?
Our respect runs so dry.
Yet there's still this appeal
That we've kept through our lives.

But love, love will tear us apart again.
Love, love will tear us apart again.

Love will tear us apart, Joy Division


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

lullaby

It's not
What you thought
When you first began it
You got
What you want
Now you can hardly stand it though,
By now you know
It's not going to stop
It's not going to stop
It's not going to stop
'Til you wise up


You're sure
There's a cure
And you have finally found it
You think
One drink
Will shrink you 'til you're underground
And living down
But it's not going to stop
It's not going to stop
It's not going to stop
'Til you wise up

Prepare a list of what you need
Before you sign away the deed
'Cause it's not going to stop
It's not going to stop
It's not going to stop
'Til you wise up
No, it's not going to stop
'Til you wise up
No, it's not going to stop
So just...give up

Wise up, Aimee Mann - Magnolia OST
Por detrás da pena está uma boca, uns lábios, uma expressão, uma porta para palavras que, entretanto se perdem, na pena.

l'hiver - B. Berenika

silêncio

Gosto de ouvir o silêncio, de o sentir à minha volta, de saber presentes apenas os meus pensamentos.

Escuto os barulhos dos vizinhos, o elevador que sobe ou desce, a ocupar o silêncio. Antes que possa ser eu a fazê-lo com um suspiro, uma música ou apenas o ruído da televisão.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

estado do tempo

Esta chuva assim miudinha entranha-se em mim, gela-me os pés e um pouco do coração.
Prefiro as grandes chuvadas, fortes, das que lavam ruas, carros e espíritos, a este chove que não chove, morrinha molha tolos.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

a não perder nem um segundo

nada sei

Pouco sei de sonhos, menos ainda de pesadelos que muitas vezes confundo com meras reacções musculares ao relaxamento do adormecer.
Pouco sei de desejos, desejados às escondidas, horas e dias a fio, até que por fim concretizados.
Pouco sei de planos, de desenhos, de programas e agendamentos, de concertações e de acordos.
Pouco sei de leis, de Deus ou dos homens, que regem o mundo ou o deixam cair no caos.
Pouco sei de mim, menos ainda dos outros.

o tempo que faz lá fora

É de mim, ou parece que depois de uns dias de Inverno, estamos finalmente no Outono?

frases feitas

Uma vitória é feita de muitas pequenas derrotas (também).
Ou grão a grão enche a galinha o papo! (sem ser em demasia)
Ou um dia de cada vez.

planos para a tarde?

Novas teclas, novas marcas, refazer configurações, personalizações, copiar informação, comparar, para nada se perder.

no meu rádio hoje tocava

Pra curar a minha dor
Procurei um bom doutor
Me mandou beijar teu beijo mais molhado

Tá perdoado, Maria Rita

domingo, 2 de dezembro de 2007

gangster americano

Se não fosse aquele casaco de chinchilla tudo poderia ter sido diferente...
"My man!"

"E quem não gostaria, em algum momento da sua vida, voltar a ser criança?"

"Todos os meninos crescem, excepto um. Era uma vez uma menina de dois anos. Seu nome era Wendy Moura Ângela Darling, mas todos lhe chamavam Wendy. Um dia, brincando no seu jardim, colheu umas flores e levou-as a correr à sua mamã. Ela olhou-a docemente e exclamou: Porque não podes ficar assim para sempre? Então Wendy compreendeu que não podia ter dois anos a vida inteira. Dois são o começo do fim. E o fim, é começar a crescer."

Do flyer do espectáculo Peter Pan, o musical.