Acordei antes do despertador com vozes que me entravam no quarto pelas paredes, pelos canos, pelas vibrações do prédio, sei lá por onde. Vozes de conversas, de risos, de uma família que se preparava para mais um dia. E eu, ainda adormecida na noite do meu dia anterior, que já passou, às voltas com imagens e vozes e sonhos confundidos com os sons que vinham do andar de baixo.
Nunca me hei-de habituar a esta convivência em casas vizinhas de outras casas, por cima, por baixo, aos lados, caixas de fósforos bem empilhadas, num equilíbrio permanente sem que se toquem o suficiente para causar faísca, chama, fogo.
Nunca me hei-de habituar a esta convivência em casas vizinhas de outras casas, por cima, por baixo, aos lados, caixas de fósforos bem empilhadas, num equilíbrio permanente sem que se toquem o suficiente para causar faísca, chama, fogo.
1 comentário:
é mais fácil queimar do que arder
é dificil conviver a água com o fogo
conjugar imagens vozes e sonhos
gostava de fazer algum sentido com as letras que deixo aqui conforme carrego nas teclas deste teclado.
e como raio se faz isso? ando aqui. dou(damos) voltas e voltas. e também não consigo perceber porque carga de água empilhamos caixas de fósforos. adormecer ou acordar. disseram-me que é porque tem que ser.
que seja.
(ou não)
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